domingo, 13 de dezembro de 2009

CONVERSAS NA TROPELIAS & COMPANHIA

Também ontem, na Tropelias & Companhia - Livraria, Galeria e Espaço Cultural da Trinta Por Uma Linha, a tarde foi de conversa com e entre autores. Assim mesmo: João Manuel Ribeiro a propósito do seu "A Casa Grande"; João Pedro Mésseder e Gabriela Sotto Mayor, em redor do seu "O Pai Natal e o máiúsculo Menino"; Sónia Borges, com a sua "A Menina Triste"; Teresa Guimarães e Anabela Dias à volta da sua "A Floresta Perlimpimpim" e Alexandra Pinheiro e Sandra Nascimento com a sua "Emília e o Chá de Tília".
A conversa foi agradável, muitos os autógrafos e prazenteiro o convívio.
Uma iniciativa a repetir, um destes dias!

GÉMEOS NA LIVRARIA VELHOTES

A Livraria Velhotes, em V. N. de Gaia, é uma livraria dinâmica que frequentemente convida escritores, ilustradores e pintores para brindar os seus clientes com eventos de cultura. Neste contexto, João Manuel Ribeiro e Helena Zálias, os autores do livro "Gémeos", estiveram com amigos e convidados nesta livraria no passado Sábado, ao fim da manhã.

O PAI NATAL... NO PÚBLICO


No Jornal “Público” de ontem, na secção P2 (Crianças), Rita Pimenta escreveu o seguinte "apontamento" sobre o livro “O Pai Natal e o maiúsculo Menino”, de João Pedro Mésseder com ilustrações de Gabriela Sotto Mayor:


“O Natal de ontem, com o Menino Jesus. O Natal de hoje, com o Pai Natal. Antes, “deixava só o bastante”. Agora, “muitas prendas, um fartote”. João Pedro Mésseder cria neste livro uma voz que vai enumerando, na primeira pessoa e num registo poético cativante, as mudanças na celebração do Natal. Com nostalgia e ironia. “E que é feito do Menino – agora pergunto eu – quase sem roupa, nuzinho, que tanta alegria me deu? / Será que voltou ao presépio, o ofício abandonou / e a amealhar cá na Terra / só o Pai Natal ficou, / entregue a contas e a anúncios pagos p’las televisões, / a pedir dinheiro aos bancos, / um não acabar de aflições?” Se o texto pende para o Menino, a imagem pende para o Pai Natal. É o tempo a ilustrar as diferenças entre quem escreveu e quem desenhou”.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

A MALA RÁPIDA DO SENHOR PARADO, EM ALMADA

O Fórum Municipal Romeu Correia, em Almada, que integra a Biblioteca Pública Municipal e o Auditório Fernando Lopes Graça, espaço cultural de encontro, de oferta qualificada e diversificada e um estímulo permanente de apoio à vida cultural da cidade, acolheu ontem a apresentação do livro “A Mala Rápida do Senhor Parado”, de Rui Almeida Paiva, com ilustrações de Sónia Borges.
Sob o patrocínio do poeta chileno Pablo Neruda (que dá o nome à sala), a sessão começou com uma palavra de boas vindas do responsável do fórum, seguindo-se uma apresentação sumária do livro por parte do editor e algumas palavras da ilustradora, Sónia Borges. O autor, Rui Almeida Paiva, explicou que o livro teve origem num breve texto escrito para ser dançado, tendo daí ganho forma na ideia de um senhor que viva sempre parado no lugar onde começavam e terminavam muitas viagens – uma estação de comboios. Depois inexplicavelmente (ou talvez não, dizemos nós) vieram os prémios, primeiro, o Prémio de Revelação da Associação Portuguesa de Escritores e, a seguir, a menção honrosa do Prémio Branquinho da Fonseca – Expresso / Gulbenkian, em 2005.
O autor agradeceu ainda às várias entidades que possibilitaram a edição do texto, sem esquecer os familiares e amigos que quiseram estar presentes em número tão significativo.
A terminar, e antes da sessão de autógrafos, houve ainda tempo para a leitura do 1.º capítulo do livro. Para delícia de todos.
O nosso obrigado ao Fórum Romeu Correia e aos seus responsáveis.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

APRESENTAÇÃO DE LIVROS E SESSÕES DE AUTÓGRAFOS


Oferecer um livro é fantástico! Oferecer um livro autografado pelo(s) autor(es) é memorável.
No próximo Sábado, dia 12, alguns autores da Trinta Por Uma Linha estarão na Tropelias & Companhia para falar dos seus livros e autografá-los, a partir das 14.30 horas (veja-se o cartaz)
Preços especiais de Natal...

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A MALA RÁPIDA DO SENHOR PARADO


RUI ALMEIDA PAIVA

Nascido pela primeira vez em 1977, crê-se que o autor preserva carinhosamente a sua rotina. As primeiras vinte e três horas do dia, passa-as a fugir. A esconder-me, esta seria a expressão mais acertada, dir-nos-ia. E a hora que te resta, perguntou-lhe uma vez uma criança atenta, como a utilizas?
Essa hora é dedicada exclusivamente ao espanto. Por exemplo, hoje espantei-me dentro de uma paisagem, após ter aberto a janela de uma varanda. Nessa altura, nessa hora nasço sempre uma vez mais. O mais incrível (e é algo que tenho esperança de vir a decifrar) é que quando o meu nascimento diário termina, acabo sempre por ser atraído até à minha mão esquerda, onde se move uma inquieta caneta de produzir histórias.
A MALA RÁPIDA DO SENHOR PARADO foi o fruto de um dos seus Espantos, que lhe valeu o Prémio Revelação da Associação Portuguesa de Escritores e a Menção Honrosa do Prémio Branquinho da Fonseca – Gulbenkian/Jornal Expresso, em 2005.

A MALA RÁPIDA DO SENHOR PARADO

Para o senhor Parado só seria possível dar um belo passeio por outros países se permanecesse imóvel. Sentado a vida inteira num banco de uma estação de comboios, raramente duvidava dos seus aventureiros impulsos estáticos.Por vezes até se justificava: “Por que razão me haveria de dar ao trabalho de correr povoações da frente para trás, de alto a baixo, se eles (os países), e em último caso o mundo inteirinho, acabam sempre por vir aqui ter comigo?” Contudo um estranho pensamento surgiu-lhe dentro da cabeça. Será este pensamento suficientemente incómodo para que o senhor Parado decida levantar-se pela primeira vez?

Havia um homem neste mundo que nunca tinha feito as malas para viajar. Chamava-se senhor Parado e vivia numa estação de comboios. Este senhor tinha algumas particularidades: era magro e pequeno se o observássemos pela janela de um avião. E era gordo e alto se o víssemos através do chão.
O senhor Parado tinha como profissão viajar pouco com os pés e viajar muito com a cabeça na Lua. De cada vez que o senhor Parado via uma mala de viagem a passar de comboio para comboio, pensava no que poderia descobrir se a abrisse e imaginava que lá dentro só se encontravam objectos resistentes, objectos capazes de percorrer muitos quilómetros
.”