sábado, 26 de setembro de 2009

VERSO A VERSO NO "PÚBLICO"


No Jornal “Público” de hoje, na secção P2 (Crianças), Rita Pimenta escreveu o seguinte "apontamento" sobre o livro “Verso a Verso”, uma Antologia Poética para crianças, numa edição da Trinta Por Uma Linha:

"Sete autores e as suas palavras reuniram-se numa antologia (dita) para crianças. Fizeram bem.
Assim, podemos conhecer "um violoncelista que de tanto vibrar começou a voar sobre as casas" (Amadeu Baptista), ficar a saber que "na língua dos homens pré-históricos não existia o verbo amar" (Francisco Duarte Mangas), que há um "cometa anão" que "faz cócegas na palma da mão" da Mafalda (João Manuel Ribeiro), de como "o triângulo estava farto de ser sinal de estrada" e se fez ao mar (Luísa Ducla Soares), que o "gato preto não dá azar: e porque havia de dar?" (Nuno Higino), que "o Tomé não foi à horta por causa da chiba morta" (José António Franco) e que o comboio "está velho, cansado, mal se levanta: foi por ter fumado, já só tem garganta" (Vergílio Alberto Vieira).
Tudo isto vem acompanhado de ilustrações com colagens, pintura e talento (João Concha).
Vale mesmo a pena.
[Rita Pimenta]

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

APRESENTAÇÃO DE "TRETALETRA"


A Biblioteca Escolar da Escola Secundária/3 de Adolfo Portela de Águeda engalanou-se, a 23 de Setembro, em dia de sol radioso, para assistir à apresentação de mais um livro de poesia infantil intitulado “Tretaletra” da autora Maria Helena Pires, com ilustrações de Elisabete Ferreira.

Muitos foram os amigos que, carinhosamente, quiseram partilhar este momento poético. Nas palavras do apresentador, João Manuel Ribeiro, ”uma leitura da pequena (já grande) obra da autora, permite-nos inferir algumas notas gerais que consideramos distintivas: o gosto pela leitura e pela promoção da mesma; a paixão pelo contar e recontar de histórias; a necessidade da relação criadora e criativa com a língua. Dito isto, diremos que em Maria Helena Pires mora o bichinho da poesia, esse vírus em que “a emoção encontra o seu pensamento e o pensamento encontra as palavras (Robert Frost) e contamina poeta e leitor com “o melhor uso das palavras para dizer mais do que as palavras podem dizer (Marvin Bell), no exercício consciente de “criação rítmica da beleza em palavras (Edgar Allan Poe)”.

Consciente ou não, a escrita e a poesia de MHP reflectem preocupações literárias e pedagógicas, possibilitando a aprendizagem das estruturas narrativas e poéticas e a socialização cultural, seja pela estrutura claramente lúdica de muitos textos, seja pelo tratamento reiterado da leitura como actividade existencial fundamental. Do ponto de vista formal, o refrão e a rima ocupam um lugar central, dando aos textos um ritmo vivo e cadenciado, tão ao gosto do ouvido dos mais pequenos. Anote-se, entretanto que da rima, nesta obra, pode-se aplicar o que escreve Teresa Guedes a propósito da magia da rima, ou seja, neste livro, a rima faz tilintar “mas há versos brancos, / que de tão claros, nos deixam livres / para exprimir as ideias sem as cintar”.
Os recursos estilísticos mais evidentes neste livro, para além da personificação de objectos, caracteres e conceitos são a anáfora e a reduplicação.

Como refere Gabriela Sotto Mayor, os poemas deste livro “tiram partido da plasticidade que caracteriza a linguagem explorando as suas dimensões sonora e lúdica. Apresentam combinações semânticas e lexicais, fónicas, rítmicas e melódicas, sendo algumas de clara inspiração em cantigas tradicionais, característica que poderá contribuir para cativar os leitores menos experientes e até estimulá-los à leitura e à iniciação à escrita, sendo que a linguagem visual da autoria de Elisabete Ferreira responde à dimensão sonora e rítmica presente nos poemas, desenhando alguns objectos e caracteres sugeridos neste, assim como insinua outras leituras”.

Uma palavra conclusiva, num duplo sentido: primeiro, o reconhecimento público e oficial que os livros de MHP granjearam por parte da Casa da Leitura e que reiteram e garantem a qualidade dos mesmos; segundo, para chamar a atenção para a prateleira em que a Casa da Leitura colocou este livro: leitores iniciais. Ou seja, segundo os especialistas, os mais pequenos do Jardim de Infância e do 1.º Ciclo são os destinatários alvo destes poemas. Para nós, isto significa (felizmente) que nos temos de deixar de tretas e tornarmo-nos crianças no sentido são do termo”.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A CASA DA LEITURA RECOMENDA "RAFA E A LIBERDADE"

A CASA DA LEITURA, da Fundação Calouste Gulbenkian, incluiu o livro “Rafa e a liberdade” de Fátima Pombo, na sua "Montra" de títulos para “leitores autónomos”, com a seguinte sinopse, assinada por Ana Margarida Ramos:

Segundo volume das aventuras de Rafa, este romance acompanha o herói numa viagem que realiza sozinho, como forma de afirmar a sua independência e de mostrar a sua desilusão face à decisão do pai de adiar uma viagem a Roma que lhe tinha prometido. Depois de cruzar praticamente a Espanha, de Barcelona até Vigo, Rafa vai cruzar-se com um camionista português que o transporta até ao Porto. É aí que descobre novos amigos e uma independência que não conhecia, ao mesmo tempo que ganha confiança em si próprio e nas suas capacidades, antes do regresso a casa para junto da família. Com um discurso ágil e um ritmo vivo, que acompanha com pormenor todas as acções da personagem, a narrativa inscreve-se nos moldes de comportamento juvenis contemporâneos, facilitando a identificação por parte dos leitores. Em termos narrativos, este romance caracteriza-se por ser mais linear do que o anterior, não revelando particular exigência ao nível de leitura”. Ana Margarida Ramos

"VERSO A VERSO" NO JORNAL DE NOTÍCIAS

O jornalista Sérgio Almeida, na edição de ontem do Jornal de Notícias, apresenta a antologia poética “Verso a Verso”, editada pela Trinta Por Uma Linha, num largo artigo intitulado “ Poesia para todos” , a que se apõe o subtítulo “Antologia destinada ao público infantil reúne consagrados e jovens autores".

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

CASA DA LEITURA RECOMENDA "TRETALETRA"

A CASA DA LEITURA, da Fundação Calouste Gulbenkian, incluiu o livro “Tretaletra” de Maria Helena Pires, com ilustrações de Elisabete Ferreira, na sua "Montra" de títulos para “leitores iniciais”, com a seguinte sinopse, assinada por Gabriela Sotto Mayor:

Maria Helena Pires apresenta-nos uma colectânea de poesia, de temática diversificada, onde através das palavras se brinca, se joga, se conta um conto e se «dá volta[s] à imaginação» através de uma leitura ritmada, apoiada essencialmente no refrão e na rima.
Com forte recurso à anáfora, à reduplicação e à personificação de objectos, caracteres e conceitos, a escritora encerra pequenas estórias em cada poema, cuja estrutura narrativa, por vezes, se assemelha a pequenos contos versificados.

Os poemas tiram partido da plasticidade que caracteriza a linguagem explorando as suas dimensões sonora e lúdica. Apresentam combinações semânticas e lexicais, fónicas, rítmicas e melódicas, sendo algumas de clara inspiração em cantigas tradicionais, característica que poderá contribuir para cativar os leitores menos experientes e até estimulá-los à leitura e à iniciação à escrita.

Adoptando uma forma de representação orgânica, a linguagem visual da autoria de Elisabete Ferreira responde à dimensão sonora e rítmica presente nos poemas, desenhando alguns objectos e caracteres sugeridos neste, assim como insinua outras leituras. Agora com um registo menos ruidoso do que em outras publicações, é de salientar a opção singular de caracterização das personagens por parte da ilustradora, ao conseguir uma conjugação particularmente feliz entre o preto e branco da grafite (para o corpo), com a cor (para os cabelos), imprimindo-lhes carga dramática e protagonismo. Podemos encontrar nas suas ilustrações alguma reminiscência da sua formação em design de moda. A fluidez e leveza dada aos cabelos das personagens, pelo recurso à linha como o elemento visual compositivo de eleição, são disso um excelente exemplo, potenciando a comparação dos cabelos com tecidos que esvoaçam. A alteração cromática da grafia é um apontamento digno de nota relativamente à participação da designer nesta publicação, e que em muito contribuiu para o interesse estético da edição.
[
Gabriela Sotto Mayor]

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

RAFA E A LIBERDADE EM "OS MEUS LIVROS", DE NOVO


Depois de se ter falado nele no n.º 78, o n. 79 da revista “Os meus livros” apresenta de novo, desta vez pela mão de Maria João Pina de Morais, o livro Rafa e a liberdade, de Fátima Pombo, com as seguintes palavras:

RAFA PARTE À AVENTURA

“É superfixe estarmos juntos e acho que a Pilar é a miúda com quem me entendo melhor…” É nestes termos e num bom clima que Rafa caracteriza a sua relação com Pilar, com quem passa três dias a passear por Barcelona. Mas os pais rompem a promessa de o levar a Roma, no dia dos seus anos, e é então que ele arranja uma viagem alternativa. Ou melhor, uma viagem ao desconhecido, para a qual leva apenas uma mochila com pouca tralha: uma “t-shirt” vestida, outra para mudar, o MP3, uma toalha e umas meias.
Sem guia, mapas ou bússola, lê este livro e viaja com o Rafa de comboio para a Galiza…"