"Anton" é um livro para todos os meninos que estranham a diferença. Para nós que não sabemos muitas vezes promover espaço de encontro. Para os que gostam de contas e para os que encontram nos números um território árduo, dissociado das palavras… Afinal contamos com eles e com elas sempre que contamos. Contamos com os outros sempre que resolvemos problemas, sejam eles simples problemas de contas ou problemas de vida."
Anton é uma criança curiosa. Ouvimo-lo perguntar: "Não achas estranho usares as mesmas letras para dizeres 'tu' e o princípio de 'tudo'?"
Ouvimos o seu amigo, de forma amigável e poética, traduzir a estranheza sobre a pele e os cabelos claros, uma "transparência de água":"Na chuva tenho de te adivinhar". Vindo de outra latitude outro menino poderia ouvir algo parecido e terno: "Na noite tenho de te adivinhar." As crianças não podem ser tratadas como tontas. As histórias que fazemos para elas não devem ser um breve doce que, mal colocado na boca, logo desaparece não deixando sabor nem substância. "Anton" deixa espaço para reflectir, para ir à procura do que está por detrás das palavras. Os leitores terão muitos pontos de partida. Os livros são sempre pontos de partida. Os pontos de chegada estão dentro de cada um. (Sílvia Alves)
O AUTOR
Anton é uma criança curiosa. Ouvimo-lo perguntar: "Não achas estranho usares as mesmas letras para dizeres 'tu' e o princípio de 'tudo'?"
Ouvimos o seu amigo, de forma amigável e poética, traduzir a estranheza sobre a pele e os cabelos claros, uma "transparência de água":"Na chuva tenho de te adivinhar". Vindo de outra latitude outro menino poderia ouvir algo parecido e terno: "Na noite tenho de te adivinhar." As crianças não podem ser tratadas como tontas. As histórias que fazemos para elas não devem ser um breve doce que, mal colocado na boca, logo desaparece não deixando sabor nem substância. "Anton" deixa espaço para reflectir, para ir à procura do que está por detrás das palavras. Os leitores terão muitos pontos de partida. Os livros são sempre pontos de partida. Os pontos de chegada estão dentro de cada um. (Sílvia Alves)
O AUTOR
Simão Vieira vive em Leiria. Em Coimbra fez o curso de Filosofia e o mestrado de Comunicação e Jornalismo. É professor de Filosofia e Oficina de Teatro. Escreve regularmente para teatro e encena. Neste domínio, impulsiona três grupos, que também baptizou: "Casa dos Barulhos", projecto de teatro do Colégio Doutor Luís Pereira da Costa; "A FAUNA", colectivo residente da Biblioteca de Instrução Popular, de Vieira de Leiria; e o "PIRATAUTOMÁTICO", da Escola Superior de Educação de Leiria.Tanto dá por si na escrita, como no desenho ou na pintura – e há muitas ideias que lhe pedem o teatro. Acredita que o mundo tem de ser acordado em mil olhares.