sábado, 25 de abril de 2009

A POÉTICA DO ESPAÇO

A acreditar em Gaston Bachelar, o espaço tem uma poética que na casa é de intimidade, numa dialéctica do grande e do pequeno, sob o signo da miniatura e da imensidade, a par de outras igualmente relevantes, a dialéctica do interno e do externo, do aberto e do fechado, para finalizar numa fenomenologia do redondo. Foi desta poética que puderam participar os inúmeros amigos da Trinta Por Uma Linha e da Cosmorama que esta tarde se reuniram no espaço cultural comum – a Tropelias & Companhia.
E o pequeno espaço do lugar inaugurado (quase miniatura) fez-se tensão com a imensidade da grandeza da partilha e do encontro de parcerias.
E o espaço interno onde estivemos abriu-se aos objectivos e finalidades amplos e abertos deste novo espaço cultural.
E aconteceu sobretudo sintonia de vontades, intenções, sentimentos e corações, numa fenomenologia redonda indizível, mas palpável na magia do poético que o espaço nos fez tactear, nas ilustrações da Anabela Dias e nas palavras escritas e (re)contadas da Teresa Guimarães, na sua “Floresta Perlimpimpim”; nas palavras entusiastas do José Rui Teixeira; na presença dos amigos da Trinta Por Uma Linha, da Cosmorama e do Colégio Luso-Francês; no lanche / convívio que se seguiu.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

CONVITE

Este espaço é na "mui nobre e invicta" cidade do Porto.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

IMPROVÉRBIOS NO "SOLTA PALAVRA" DO CRILIJ


No nº 13 do Boletim “Solta Palavra” do Centro de Recursos e Investigação de Literatura para a Infância e Juventude (CRILIJ), Manuela Maldonado escolhe, entre os seus “Favoritos” os livros “Improvérbios” de João Manuel Ribeiro, com ilustrações de Flávia Leitão e “A Menina das Rosas” do mesmo autor, com ilustrações de Sandra Nascimento. A recensão deste último é a mesma da Sugestão Semanal do CRILIJ, para a RBEP, de que aqui já demos conta.

Deixamos a recensão ao livro “Improvérbios”:

Na sequência de outros volumes, de vários autores, sobre provérbios, analisados neste boletim, tem-se realçado o seu valor rítmico e rimático como iniciação à fruição da “poesia”, através do viés acústico.
O livro denominado “Improvérbios” anuncia, logo no título, um processo de desconstrução. E assim acontece, por meio das paráfrases trabalhadas sobre alguns textos sobejamente conhecidos. Se o provérbio é uma forma codificada de conhecimento, ao desconstruí-lo deixa de o ser, entrando-se num mundo de jogos fonéticos e semânticos particularmente gratos às crianças.
Nos jogos deste livro encontram-se, sobretudo, situações invertidas: “Depois da bonança / a tempestade nunca é mansa”; de evidência: “Quem sai aos seus / tem pança e bigode / e nunca pode / dizer-lhes adeus”; de absurdo: “Quem tem boca vai, / onde a língua lhe chegar”; de acrescento: “Quem filhos tem, / não tem só cadilhos, / tem brilhos também”.
A ilustração de Flávia Leitão opta por um traço de gosto infantil, às vezes caricatural, com muito cromatismo, abrangendo intencionalmente, como texto icónico, toda a página onde o texto gráfico passa a ser uma mera legenda.
A paginação colorida e o design gráfico de Anabela Dias inscrevem-se harmoniosamente na finalidade do livro.
A partir dos 5 anos."

Manuela Maldonado

A CASA DA LEITURA RECOMENDA "O SONHO DO ELEFANTE TOMÉ"


A CASA DA LEITURA, da Fundação Calouste Gulbenkian, incluiu o livro “O sonho do elefante Tomé” de Amadeu Baptista com ilustrações de Isabel da Rocha Leite, na sua "Montra" de títulos, com a seguinte sinopse, assinada por Ana Margarida Ramos:


Narrativa sobre o poder dos sonhos, por mais estranhos ou insólitos que possam parecer, o livro em apreço é protagonizado por um pequeno elefante que sonhava ser azul. A acção decorre num cenário circense, em ambiente de grande camaradagem e cumplicidade, e serão os companheiros e Tomé, o herói, a encontrar forma de concretizar a sua ambição, tornando-o da sua cor favorita. As ilustrações, simples e coloridas, funcionam como complemento a uma intriga que mantém os leitores na expectativa do desenlace e do final feliz, surpreendente e original.” Ana Margarida Ramos

terça-feira, 14 de abril de 2009

A CASA DA LEITURA RECOMENDA "POEMAS PARA BRINCALHAR"


A CASA DA LEITURA, da Fundação Calouste Gulbenkian, incluiu o livro “Poemas para Brincalhar” de João Manuel Ribeiro com ilustrações de Anabela Dias, na sua "Montra" de títulos, com a seguinte sinopse, assinada por Ana Margarida Ramos:


"João Manuel Ribeiro deu à estampa, nos últimos tempos, algumas colectâneas de poesia para a infância que se distinguem pela forma como o autor, revisitando a tradição, nomeadamente herdada das rimas infantis, a recria, reinventa e subverte, submetendo a linguagem a um produtivo processo de desconstrução, capaz de sugerir novas possibilidades de leitura. Esta dimensão mais lúdica da construção poética é também o fio coesivo desta colectânea, como se compreende desde o título. De temática diversificada, percorre os texto um mesmo desafio às possibilidades da linguagem e das suas múltiplas combinações fónicas, melódicas e rítmicas, lexicais e semânticas. Resultando muitas vezes em efeitos cómicos, pelos resultados encontrados, os poemas tiram partido da plasticidade que caracteriza a linguagem, tornando a poesia acessível a todos, incluindo a leitores (e escritores) mais pequenos, capazes de se reverem nos textos e nos processos de escrita que eles encerram. Com subtis ilustrações de Anabela Dias, os textos ganham expressividade que também é visível no arranjo gráfico cuidado da publicação." Ana Margarida Ramos

sexta-feira, 10 de abril de 2009

"CINEMA GARRETT" EM "OS MEUS LIVROS"


No n.º 74 deste mês de Fevereiro, na revista "Os Meus Livros", na Secção “Os Meus Livros Júnior – Infantil didácticos”, apresenta-se o livro “Cinema Garrett” de Vergílio Alberto Vieira, com ilustrações de Anabela Dias:


“Através de um conjunto de quadras e imagens a condizer somos convidados a conhecer melhor a Póvoa de Varzim, cidade que Vergílio Alberto Vieira bem conhece, e onde passou períodos marcantes da adolescência e juventude. O título refere-se à emblemática sala de cinema e teatro da Póvoa, enquanto nos diversos textos desvendamos os poveiros e o seu imaginário; os seus locais e modo de estar; protagonistas e costumes locais; os recantos de encanto e saudade que ali ficam, e se estendem pela memória dos que os conheceram. Um livro que é uma confissão de amor, saudando a relação com uma terra bem amada.”

segunda-feira, 6 de abril de 2009

A MENINA DAS ROSAS - SUGESTÃO SEMANAL DO CRILIJ

Esta semana, a Sugestão Semanal do CRILIJ, no sítio da Rede de Bibliotecas Escolares do Porto é o livro “A Menina das Rosas”, de João Manuel Ribeiro, numa recensão crítica de Manuela Maldonado. Segue o texto: "Aconselhada pela Gulbenkian na sua Casa da Leitura, esta narrativa é, na verdade, uma versão poetizada da vida da Rainha Santa Isabel no seu amor incondicional por Dinis e Afonso, marido e filho.
Mediadora constante nas lutas entra pai e filho, porque portadores de temperamentos opostos, a história inicia-se com uma carta da rainha a D. Dinis que se encontra em Lisboa com um exército, pronto a defrontar Afonso e os seus seguidores.
Embora o narrador seja extradiegético, porque fora da história, concede à Menina das Rosas o desvendamento da sua interioridade, ora através do diálogo, ora da corrente de pensamento. E é assim que, a partir do primeiro acontecimento supracitado, perpassa uma vida dedicada ao apaziguamento das relações entre pai e filho, e do seu próprio apaziguamento. Faculta-se ainda à protagonista um ponto de vista pessoal e é nessa construção que a poeticidade decorre, surgindo uma figura feminina sofredora, mas lutadora, evocando os bons e os maus momentos de um matrimónio e de uma maternidade difíceis. Num diálogo entre marido e mulher, no leito de morte de Dinis, desmistifica-se o milagre das rosas de uma forma muito humana e emocional. E é, por isso, que o titulo se apresenta como " Menina das Rosas". A par da forte carga semântica de Rosa, antepõe-se o vocábulo Menina, outro grande referente poético que consistirá no fio condutor da narrativa: Isabel é portadora do primordial, por rejeição do acessório e do transitório, mau grado o tempo implacável.

A ilustração de Sandra Nascimento dialoga com o texto escrito, reforçando o maravilhoso da proposta narrativa ao conceber num traço figurativo polícromo as situações que se desdobram nas páginas como um tapete persa prestes a levantar voo. E, por isso, a ilustração é estruturalmente cinética. A única representação estática é a da capa, enunciadora de um perfil feminino intemporal, expressão do duradouro e do eterno.

A estes efeitos ajudou o trabalho de design e paginação de Anabela Dias.

A partir dos 8 anos."


Manuela Maldonado

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Histórias da "Meia História"

“Meia História” continua a fazer as delícias de miúdos e graúdos, nas escolas.
No dia 7 de Março, a culminar a Semana do Conto, o Centro Social Infantil de Aguada de Baixo recebeu carinhosamente a autora; estiveram presentes cerca de uma centena de pessoas: crianças e respectivos pais; a autora voltou ao mesmo Centro no dia 1 de Abril, no âmbito do Dia Internacional do Livro Infantil, para estar com as crianças das ATL – cerca de 40.

Nos dias 12 e 26 de Março, a autora marcou presença na Escola Básica de Albergaria-a-Velha, tendo contactado com todos os alunos do 1º Ciclo (do 1º ao 4º anos) – 13 turmas.

No dia 12, marcou presença o editor, sendo de salientar todo o seu profissionalismo enquanto contador de histórias e a sua boa disposição.

No dia 2 de Abril, também no âmbito do Dia Int. Liv. Inf., foi a autora recebida pela Biblioteca Municipal da Mealhada, onde teve o prazer de se encontrar com 75 crianças dos 3 aos 9 anos.
A leitura, o canto, as palmas, a boa disposição e os autógrafos contagiaram todos estes momentos que encheram o coração das crianças e da autora. Houve muita magia!!