sábado, 31 de janeiro de 2009

ANTON NO JORNAL PÚBLICO



No Jornal “Público” de hoje, 31 de Janeiro, na secção P2 (Ficar), Rita Pimenta escreveu o seguinte "apontamento" sobre o livro “Anton”, de Simão Vieira, numa edição da Trinta Por Uma Linha:

"
Na língua dos números não somos estrangeiros, conclui o pequeno Anton. Acabado de chegar de longe, o rapaz estranha os sons das palavras do país que o acolhe. Em frente ao espelho vai tentando adaptar-se à forma como pronunciam agora o seu nome: “Sim, Anton. Eu, Anton.”
Um livro sobre a diferença e a aceitação, mas também sobre a aprendizagem. “Aprender uma língua é aprender a ler e escrever coisas que também estamos a aprender a pensar.”
O protagonista vai dando a conhecer as suas hesitações e adaptações, mas também as dos outros perante a “novidade” que ele próprio significa.
Com formação em Filosofia, Simão Vieira escreve e encena peças de teatro.
O livro foi lançado no dia 24 de Janeiro, no espaço Alinhavar, em Leiria. Com muitas pessoas diferentes."

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

ANTON NO SEMANÁRIO REGIÃO DE LEIRIA

“Anton”, um livro de Simão Vieira, da editora Trinta Por Uma Linha, fala da relação com o mundo e com os outros, assunto de todos os dias e, também, da literatura para o público infanto-juvenil. Todos crescemos resistindo à oposição dos outros, são eles que definem o espaço da nossa identidade, ora na relação que estabelecemos ora na que recusamos.
Simão Vieira, sabe a que vai e para onde quer ir, tomou nas mãos a responsabilidade da comunicação do pensamento no empenho conjunto da palavra e da imagem. As ilustrações são singulares e uma boa surpresa. Num mundo compartimentado onde temos a tentação de colocar cada um a fazer sua coisa há quem se desdobre com talento numa multiplicidade de expressões.
Todos os que já assistiram a alguma das muitas peças de teatro que Simão Vieira escreve e encena sabem que ele é arquitecto de palavras, fonte inesgotável de ideias, capaz de defender com veemência aquilo em que acredita e capaz da duvida metódica sobre o seu trabalho, um incansável perfeccionista. Sendo professor de Filosofia não poderia ser diferente…
Este seu primeiro livro é para os meninos que estranham a diferença, para todos nós que tantas vezes não sabemos promover espaço de encontro, para os que acham os números um território árduo, para os que os dissociam das palavras, afinal, contamos com eles e com elas sempre que contamos. Contamos com os outros sempre que resolvemos problemas, simples problemas de contas ou problemas de vida. Os números criam um espaço de entendimento comum, para além de diferenças linguísticas.
Anton é um menino vindo de outro país. Vemo-lo frente ao espelho estranhando o nome na sonoridade da nova língua. É uma criança curiosa. Ouvimo-lo perguntar: “Não achas estranho usares as mesmas letras para dizeres ‘tu’ e o princípio de ‘tudo’?”. Ouvimos um amigo traduzir a estranheza sobre a sua pele e cabelos claros como “transparência de água”: “Na chuva tenho de te adivinhar”. Vindo de outra latitude outro menino poderia ouvir algo parecido e terno: na noite tenho de te adivinhar…
“Anton” é um livro que pode ser lido em silêncio ou em voz alta. A leitura em voz alta é um os múltiplos testes que se podem impor a um livro. Alguns, sem que isso seja um defeito, não nasceram para alta voz. Outros não têm estatura para assim ser lidos, “Anton” sim, é prosa com poesia, com musicalidade, jogo de palavras. Numa palavra literatura.
As crianças não podem ser tratadas como tontas. As histórias que contamos não devem ser doce breve que mal colocado na boca logo desaparece não deixando sabor nem substância. “Anton” deixa espaço para reflectir e procurar o que está por detrás das palavras. Os leitores terão muitos pontos de partida. Os livros são sempre pontos de partida. Os pontos de chegada estão dentro de cada um.
E como cada um de nós, venha de onde vier, fale a língua que falar, faça contas à vida ou deixe que a vida o gaste sem contar, tem como desígnio legítimo a felicidade, o reconhecimento no outro e do outro, este é um livro feliz. Dedicado a pessoas importantes: mãe Luísa, pai Ventura, irmã e a um lema de vida: “Podemos não encontrar tudo mas a busca também é válida para o impossível.”
Os livros têm de se anunciados, merecem isso os bons livros, os que são capazes de dizer como diz o Anton: “Tu podes contar sempre comigo.”

Sílvia Alves (REGIÃO DE LEIRIA, 23 de Janeiro de 2009)

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

ANTON, de SIMÃO VIEIRA

Anton de Simão Vieira
Dia 24 de Janeiro no Alinhavar em Leiria.
E se mais lugar houvesse…

Foi com o Alinhavar cheio, cheio de gente que o “Anton” foi recebido.
Após as devidas apresentações, num momento mais formal e sério, o convívio começou.

Entre um copo de vinho, de chá gelado com hortelã, uma almofadinha de alheira, um triângulo de ervilhas com coentros ou quadradinhos de bolo de chocolate com queijo… as conversas passeavam enquanto uma avó fazia corridas de cangurus no corredor e o Luís e o Francisco brincavam às escondidas... A fila para os autógrafos entendeu-se até à rua…até ao cair da noite e ao acender das luzes lá fora.


Escrever manteve ocupado o escritor que só muito tarde pode descansar (exactamente, 99 autógrafos depois…confirmou a Joana.)

“Anton” continua à sua espera… numa livraria perto de si.
O editor, Sílvia, a Bruxinha e Simão, o escritor Elsa Aço e Mafalda Milhões. Duas das caras simpáticas do Bichinho de Conto, uma livraria perto de Óbidos. Vindos de Norte ou de Sul: uma paragem obrigatória!Dr. José Manuel Silva, presidente da Escola superior de Educação de Leiria e Simão Vieira. O escritor Paulo Kellerman (prémio da APE do Conto Camilo Castelo Branco, em 2006) e Lídia Vilalobos, sua mulher, premiada, inúmeras vezes, com a nossa admiração pelas coisas deliciosas que saem das suas mãos.
Laura Esperança, a presidente da Junta de freguesia, em missão pessoal. Uma antiga livreira que não perdeu o gosto aos livros... e Emília Kalidás Barreto.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

CONVITE - ANTON, DE SIMÃO VIEIRA

"Anton" é um livro para todos os meninos que estranham a diferença. Para nós que não sabemos muitas vezes promover espaço de encontro. Para os que gostam de contas e para os que encontram nos números um território árduo, dissociado das palavras… Afinal contamos com eles e com elas sempre que contamos. Contamos com os outros sempre que resolvemos problemas, sejam eles simples problemas de contas ou problemas de vida."

Anton é uma criança curiosa. Ouvimo-lo perguntar: "Não achas estranho usares as mesmas letras para dizeres 'tu' e o princípio de 'tudo'?"
Ouvimos o seu amigo, de forma amigável e poética, traduzir a estranheza sobre a pele e os cabelos claros, uma "transparência de água":"Na chuva tenho de te adivinhar". Vindo de outra latitude outro menino poderia ouvir algo parecido e terno: "Na noite tenho de te adivinhar." As crianças não podem ser tratadas como tontas. As histórias que fazemos para elas não devem ser um breve doce que, mal colocado na boca, logo desaparece não deixando sabor nem substância. "Anton" deixa espaço para reflectir, para ir à procura do que está por detrás das palavras. Os leitores terão muitos pontos de partida. Os livros são sempre pontos de partida. Os pontos de chegada estão dentro de cada um. (Sílvia Alves)

O AUTOR

Simão Vieira vive em Leiria. Em Coimbra fez o curso de Filosofia e o mestrado de Comunicação e Jornalismo. É professor de Filosofia e Oficina de Teatro. Escreve regularmente para teatro e encena. Neste domínio, impulsiona três grupos, que também baptizou: "Casa dos Barulhos", projecto de teatro do Colégio Doutor Luís Pereira da Costa; "A FAUNA", colectivo residente da Biblioteca de Instrução Popular, de Vieira de Leiria; e o "PIRATAUTOMÁTICO", da Escola Superior de Educação de Leiria.Tanto dá por si na escrita, como no desenho ou na pintura – e há muitas ideias que lhe pedem o teatro. Acredita que o mundo tem de ser acordado em mil olhares.

domingo, 18 de janeiro de 2009

"A MENINA DAS ROSAS" NA TERRA DO NUNCA


O suplemento infantil "Terra do Nunca" da revista Noticias Magazine de hoje, na secção "Pilhas de Livros" recomenda como história à espera de ser contada ou lida, o livro "A Menina das Rosas", de João Manuel Ribeiro, com o singelo texto, intitulado "O milagre da rainha":
"Isabel foi uma rainha muito boazinha de quem se conta que levava pão às escondidas para dar a quem tinha fome. Apanhada pelo rei, disse que eram rosas e o pão transformou-se em rosas. Este livro conta a sua história".

sábado, 17 de janeiro de 2009

CITAÇÃO NO "LETRA PEQUENA"

No Blog "Letra Pequena", Rita Pimenta, jornalista do Público, em resposta ao desafio de entrar na "roda", formula 8 desejos para 2009: "Menos fome, menos conflitos, menos barulho, menos sobranceria. Mais justiça, mais calma, mais empatia, mais simpatia". E escolhe 8 blogues relacionados com as artes e as letras para Crianças. Nós estamos entre os citados:

1 — No Bico da Andorinha, de Margarida Costa
2 — Rainha do Nada, de Zé Nova
3 — Crown of Love
4 — Trinta por Uma Linha
5 — Bruaá
6 — Conta-me um conto que nunca contasses a ninguém
7 — Site do autor brasileiro Toni Brandão
8 — Viver e Contar, do jornalista brasileiro Márcio Almeida Júnior

Obrigado, Rita!

APRESENTAÇÃO E ANIMAÇÃO EM BRAGA

Teve lugar, hoje, a apresentação e animação do livro "Palmira, a Ovelha Comilona" pela autora, Elisabeth Perestrelo e João Concha que o ilustrou, da Trinta-por-uma-Linha, às 11.30 horas, na Livraria Centésima Página, em Braga.
"A personagem deste livro chama-se Palmira e é uma comilona. Devora tudo o que seja comida, sem qualquer controlo e, mais grave, sem fazer qualquer tipo de exercício físico. Por isso, fica doente, sofre de obesidade e tem de se curar. A Palmira é uma ovelha. Mas como já se percebeu é, pode ser, cada um de nós. Pode ser qualquer menino ou menina que se entope de comida e não pratica exercício físico. Sim, porque o problema não é comer, é saber comer. Para a ovelha Palmira e para todos nós"(Notícia do Diário do Minho)

APRESENTAÇÃO DE "MEIA HISTÓRIA"

Meia centena de professores esteve ontem na apresentação do livro “Meia História”, (o segundo) da professora Maria Helena Pires, na Escola Secundária Adolfo Portela, em Águeda. Presentes estiveram também a ilustradora do livro, Dina Sachse, a Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Águeda e a directora da Biblioteca Municipal.
Após algumas palavras de introdução da autora, João Manuel Ribeiro teceu algumas considerações sobre o livro, enfatizando a qualidade, lisura e humor dos 23 poemas do livro e o carácter provocador de grande parte das ilustrações, em razão da simplicidade, da cor e da “interpretação” dos poemas.
A ilustradora Dina Sachse explicou aos presentes a génese do processo de ilustração destes poemas (confessando quais as suas preferidas)
Finalmente, a autora fez a leitura (ora explicativa ora musical) de grande parte dos poemas e respondeu a algumas questões dos seus colegas de escola.
Seguiu-se uma breve sessão de autógrafos misturada com alguns biscoitos e um Porto de Honra.

sábado, 10 de janeiro de 2009

O PASTOR DE VENTOS

Com este livro e esta narrativa fantástica de António Cabrita (com cinco ilustrações de Sónia Borges), inaugura-se a colecção "Adolescentes.com".

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

A CASA DA LEITURA RECOMENDA


A CASA DA LEITURA, da Fundação Calouste Gulbenkian, incluiu o livro “Os cavalos a correr” de Amadeu Baptista, com ilustrações de Estela Baptista Costa na sua "Montra" de títulos para os “leitores medianos” e os “leitores autónomos”, com a seguinte sinopse:

Colectânea de textos poéticos agrupados em torno da temática animal e do motivo do cavalo, esta publicação passa em revista algumas das figuras equídeas da tradição cultural, literária e artística, recriando o significado simbólico da espécie e a sua recorrência nas produções humanas ao longo dos tempos. Assim, desde Pégaso, o cavalo alado da mitologia grega, aos cavalos que marcaram as obras de escritores como Lorca, Kafka ou Leopold Sédar Senghor, muitas são as referências ao carácter nobre, veloz, perfeito e belo da espécie, simbolicamente conotado com a velocidade, o equilíbrio e também a liberdade. Em verso livre ou com recurso à rima, o poeta reescreve, afinal, a sua visível atracção por uma espécie que, de tempos a tempos, vai marcando as poéticas de diferentes escolas e correntes. As ilustrações, muito simples e nem sempre uniformes, procuram recriar algumas das imagens sugeridas pelos textos, valorizando ideias conotadas com o movimento e a luz”.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

UMA HISTÓRIA QUE SE PARTE

No n.º 71 deste mês de Janeiro, na revista "Os Meus Livros", com o título “O rei de trapos e a rainha de louça”, Maria João Pina de Morais, crítica da secção infantil “Primeiras Letras”, apresenta assim o livro de Uma história que se parte, de Pedro Ribeiro Dias e ilustrações de Estela Baptista Costa:

Todos gostamos de ver o Bem ganhar ao mal e de uma história de amor com um final feliz. Este livro conta-nos uma história cheia de fantasia, de um reino longínquo, com um rei de trapos e muitas outras criaturas extraordinárias, como os cavalos guerreiros, os escuteiros com rodas, a menina de cerâmica…
Os sentimentos destas personagens eram muito humanos – o desejo de poder, a mentira e a maldade, mas também o amor, o medo e a saudade -, o que mostra que dificilmente existe um lugar no mundo ou na imaginação que não conheça o amor e o poder
”.

Acresce a este comentário a indicação da editora – a Trinta Por Uma Linha – e a recomendação da idade – 6 anos.