sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
domingo, 13 de dezembro de 2009
CONVERSAS NA TROPELIAS & COMPANHIA
GÉMEOS NA LIVRARIA VELHOTES
O PAI NATAL... NO PÚBLICO
“O Natal de ontem, com o Menino Jesus. O Natal de hoje, com o Pai Natal. Antes, “deixava só o bastante”. Agora, “muitas prendas, um fartote”. João Pedro Mésseder cria neste livro uma voz que vai enumerando, na primeira pessoa e num registo poético cativante, as mudanças na celebração do Natal. Com nostalgia e ironia. “E que é feito do Menino – agora pergunto eu – quase sem roupa, nuzinho, que tanta alegria me deu? / Será que voltou ao presépio, o ofício abandonou / e a amealhar cá na Terra / só o Pai Natal ficou, / entregue a contas e a anúncios pagos p’las televisões, / a pedir dinheiro aos bancos, / um não acabar de aflições?” Se o texto pende para o Menino, a imagem pende para o Pai Natal. É o tempo a ilustrar as diferenças entre quem escreveu e quem desenhou”.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
A MALA RÁPIDA DO SENHOR PARADO, EM ALMADA
Sob o patrocínio do poeta chileno Pablo Neruda (que dá o nome à sala), a sessão começou com uma palavra de boas vindas do responsável do fórum, seguindo-se uma apresentação sumária do livro por parte do editor e algumas palavras da ilustradora, Sónia Borges. O autor, Rui Almeida Paiva, explicou que o livro teve origem num breve texto escrito para ser dançado, tendo daí ganho forma na ideia de um senhor que viva sempre parado no lugar onde começavam e terminavam muitas viagens – uma estação de comboios. Depois inexplicavelmente (ou talvez não, dizemos nós) vieram os prémios, primeiro, o Prémio de Revelação da Associação Portuguesa de Escritores e, a seguir, a menção honrosa do Prémio Branquinho da Fonseca – Expresso / Gulbenkian, em 2005.
O autor agradeceu ainda às várias entidades que possibilitaram a edição do texto, sem esquecer os familiares e amigos que quiseram estar presentes em número tão significativo.
A terminar, e antes da sessão de autógrafos, houve ainda tempo para a leitura do 1.º capítulo do livro. Para delícia de todos.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
APRESENTAÇÃO DE LIVROS E SESSÕES DE AUTÓGRAFOS
No próximo Sábado, dia 12, alguns autores da Trinta Por Uma Linha estarão na Tropelias & Companhia para falar dos seus livros e autografá-los, a partir das 14.30 horas (veja-se o cartaz)
Preços especiais de Natal...
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
A MALA RÁPIDA DO SENHOR PARADO
Nascido pela primeira vez em 1977, crê-se que o autor preserva carinhosamente a sua rotina. As primeiras vinte e três horas do dia, passa-as a fugir. A esconder-me, esta seria a expressão mais acertada, dir-nos-ia. E a hora que te resta, perguntou-lhe uma vez uma criança atenta, como a utilizas?
Essa hora é dedicada exclusivamente ao espanto. Por exemplo, hoje espantei-me dentro de uma paisagem, após ter aberto a janela de uma varanda. Nessa altura, nessa hora nasço sempre uma vez mais. O mais incrível (e é algo que tenho esperança de vir a decifrar) é que quando o meu nascimento diário termina, acabo sempre por ser atraído até à minha mão esquerda, onde se move uma inquieta caneta de produzir histórias.
A MALA RÁPIDA DO SENHOR PARADO foi o fruto de um dos seus Espantos, que lhe valeu o Prémio Revelação da Associação Portuguesa de Escritores e a Menção Honrosa do Prémio Branquinho da Fonseca – Gulbenkian/Jornal Expresso, em 2005.
Para o senhor Parado só seria possível dar um belo passeio por outros países se permanecesse imóvel. Sentado a vida inteira num banco de uma estação de comboios, raramente duvidava dos seus aventureiros impulsos estáticos.Por vezes até se justificava: “Por que razão me haveria de dar ao trabalho de correr povoações da frente para trás, de alto a baixo, se eles (os países), e em último caso o mundo inteirinho, acabam sempre por vir aqui ter comigo?” Contudo um estranho pensamento surgiu-lhe dentro da cabeça. Será este pensamento suficientemente incómodo para que o senhor Parado decida levantar-se pela primeira vez?
“Havia um homem neste mundo que nunca tinha feito as malas para viajar. Chamava-se senhor Parado e vivia numa estação de comboios. Este senhor tinha algumas particularidades: era magro e pequeno se o observássemos pela janela de um avião. E era gordo e alto se o víssemos através do chão.
O senhor Parado tinha como profissão viajar pouco com os pés e viajar muito com a cabeça na Lua. De cada vez que o senhor Parado via uma mala de viagem a passar de comboio para comboio, pensava no que poderia descobrir se a abrisse e imaginava que lá dentro só se encontravam objectos resistentes, objectos capazes de percorrer muitos quilómetros.”
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
APRESENTAÇÃO DE "O PAI NATAL E O MAIÚSCULO MENINO"
Inaugurou-se em simultâneo a mostra dos originais que recheiam este livro de Natal e que podem ser vistos (e comprados) na “Mãos à Arte” até ao próximo dia 18 de Dezembro.
Os pequenos que por lá estiveram puderam colorir as suas próprias versões de alguns dos desenhos que compõem este livro enquanto ouviam os autores contar como nasceu este projecto.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
terça-feira, 17 de novembro de 2009
APRESENTAÇÃO DE "O COMBOIO DE PEDRA"
sábado, 14 de novembro de 2009
A CASA DA LEITURA RECOMENDA
Construído como uma narrativa versificada, este texto dá conta, através das memórias e da reflexão de um narrador/sujeito poético de primeira pessoa, das modificações ocorridas na celebração do Natal, exprimindo uma certa nostalgia por um passado onde a festividade tinha mais conotações religiosas e afectivas, entretanto substituídas pelo consumismo. Desta forma, a imagem do maiúsculo Menino, correspondendo à figura de Jesus recém-nascido, conotado com um certo Cristianismo primitivo, opõe-se a imagem do Pai Natal, aproveitamento comercial e adulterado dessa realidade original. Sob a aparente leveza e acessibilidade do discurso, marcado pelo verso tradicional e pela rima, o texto, recorrendo à ironia e também ao humor, inclui críticas sociais duríssimas aos valores dominantes da sociedade contemporânea, denunciando o consumismo desmesurado, a injustiça na distribuição dos bens e da riqueza, a valorização da aparência em detrimento da essência, a desvalorização dos afectos e da família… As ilustrações, ainda que coloridas e pensadas como um todo coeso, não dão conta da leitura profunda do texto e das implicações ideológicas que a oposição Menino Jesus e Pai Natal conotam. [Ana Margarida Ramos]
terça-feira, 10 de novembro de 2009
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
TRETALETRA ANDA NA RUA
domingo, 8 de novembro de 2009
APRESENTAÇÃO DE "A CASA GRANDE"
Foi aos cerca de 20 alunos da EB 2/3 de Taveiro (Coimbra), orientados pelo Dr. Paulo Martins, que coube a tarefa de abrir a tarde cantando textos do livro “Poemas para Brincalhar” e “Rondel de Rimas para Meninos e Meninas”.
Gabriela Sotto Mayor teceu de seguida algumas considerações críticas ao livro “A Casa Grande”, enfatizando a articulação harmoniosa entre texto e ilustração que faz deste livro um álbum apaixonante.
O autor do texto, João Manuel Ribeiro, explicou a génese do texto e a sua relação com as ilustrações, agradecendo ao ilustrador, Ricardo Rodrigues, o seu trabalho e a sua presença.
Seguiu-se a inauguração da exposição dos originais das ilustrações do livro que pode ser visitada durante todo o mês de Novembro na Tropelias & Companhia (e estão à venda).
A Montra do Serviço de Orientação da Leitura da Casa da Leitura apresenta destaques para as quatro categorias de leitores, sendo um deles da Trinta Por Uma Linha:
- Tretaltra, de Maria Helena Pires, com ilustrações de Elisabete Ferreira, para leitores medianos.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
sábado, 31 de outubro de 2009
A CASA DA LEITURA RECOMENDA "A CASA GRANDE"
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
VERSO A VERSO NA LOUSÃ
No périplo pelas várias escolas, acompanharam-nos as responsáveis pelo convite e pela iniciativa, as professoras Catarina Iglésias e Magda Soares (na foto com os autores). O almoço, servido na EB 2/3, no âmbito do clube de culinária "Sabores e Saberes", foi ocasião para convívio alargado com os responsáveis do agrupamento e demais professores da equipa da biblioteca.
domingo, 18 de outubro de 2009
"O COMBOIO DE PEDRA" NO PÚBLICO
"O Porto visto da janela de um comboio e pelos olhos de uma criança que tem de ir acompanhar a mãe ao médico. Vergílio Alberto Vieira lembra aqui como há 50 anos era uma aventura fazer uma pequena viagem de comboio. “Tudo ficava longe, há meio século”, conta-nos com a forma poética como escreve todas as histórias. É um texto um pouco nostálgico da cidade, mas onde também entra o humor. Muito através de personagens com o sotaque e carácter “tripeiro”: “Ali-ali, num bêdes nada, seus pangaios…” Estações de comboio como a da Livração e de Campanhã, armazéns de Gaia, São Bento, os cauteleiros, o Douro e os barcos rebelos são aqui invocados e ilustrados de uma maneira criativa e diferente. E recorda-se ao leitor: “O que é certo é que ninguém ao Porto chega por engano.” Pois não." [Rita Pimenta]
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
MONTRA DA CASA DA LEITURA
A CASA DA LEITURA RECOMENDA
Resultado da parceria entre Vergílio Alberto Vieira e Anabela Dias, O Comboio de Pedra relata uma viagem ao passado com destino ao Porto. É com mestria que o escritor nos faz sentir como «tudo ficava longe, há meio século», e como a doença de um familiar era muitas das vezes, embora triste, a principal razão para tais deslocações à cidade, naquele tempo. Nesta publicação, com recurso a um jogo fonético e vocabular, exibem-se algumas características emblemáticas da cidade do Porto, como personagens (com os seus sotaques exemplarmente reproduzidos), actividades (cauteleiro) e locais com particular simbolismo (armazéns de Gaia, barcos rebelos e estação de Campanhã), notando-se nas palavras a emoção e nostalgia com que o escritor sente a cidade. A ilustradora, com a paleta de cores e subtileza a que nos tem habituado, recorre principalmente à metáfora e à sinédoque para conseguir contar acrescentando uma pitada de humor delicado. É muito evidente nesta edição o cruzamento do papel do ilustrador e do designer, ambos protagonizados pela Anabela Dias. Cruzamento que deu origem a um objecto-livro cuidadosamente trabalhado no que diz respeito à conjugação da paleta de cores, à escolha do tipo de letra, à organização do texto com a imagem, só para referir alguns pormenores. [Gabriela Sotto Mayor]
APRESENTAÇÃO DE "GÉMEOS"
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
A CASA DA LEITURA RECOMENDA "GÉMEOS"
Sentimentos fortes e, na maioria das vezes, confusos, como o Ódio e o Medo, nem sempre são fáceis de ultrapassar. Igualmente fortes e também muitas vezes difíceis de lidar são conceitos como a Paz e o Amor. Em Gémeos, de João Manuel Ribeiro, a narrativa desenrola-se em torno destes sentimentos personificados em dois pares de gémeos, onde o Ódio e o Medo formam um par e a Paz e o Amor formam outro. Esta estratégia facilita a sua compreensão e identificação por parte do leitor. Cada par de gémeos tem no outro um inimigo de estimação e é através das suas interacções e lutas constantes que se descobre o melhor caminho, aprendendo a lidar com estes sentimentos. As ilustrações de Helena Zália conseguem transmitir de forma eficaz a sombra que acompanha os gémeos Ódio e Medo e a ternura que os gémeos Paz e Amor abraçam, preenchendo-os de emoções. A ilustradora socorre-se de cores fortes, em composições de página dupla muito dinâmicas, utilizando uma linguagem plástica diversificada através de pinceladas fluidas conotadas de expressividade. Esta é uma narrativa convincente tanto a nível verbal como pictórico, sendo a parte pictórica em grande parte responsável por este álbum ser igualmente apelativo para o público adulto, merecendo uma leitura partilhada por pequenos e graúdos. [Gabriela Sotto Mayor].
terça-feira, 6 de outubro de 2009
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
TRINTA POR UMA LINHA NA WEB
sábado, 26 de setembro de 2009
VERSO A VERSO NO "PÚBLICO"
"Sete autores e as suas palavras reuniram-se numa antologia (dita) para crianças. Fizeram bem.
Assim, podemos conhecer "um violoncelista que de tanto vibrar começou a voar sobre as casas" (Amadeu Baptista), ficar a saber que "na língua dos homens pré-históricos não existia o verbo amar" (Francisco Duarte Mangas), que há um "cometa anão" que "faz cócegas na palma da mão" da Mafalda (João Manuel Ribeiro), de como "o triângulo estava farto de ser sinal de estrada" e se fez ao mar (Luísa Ducla Soares), que o "gato preto não dá azar: e porque havia de dar?" (Nuno Higino), que "o Tomé não foi à horta por causa da chiba morta" (José António Franco) e que o comboio "está velho, cansado, mal se levanta: foi por ter fumado, já só tem garganta" (Vergílio Alberto Vieira).
Tudo isto vem acompanhado de ilustrações com colagens, pintura e talento (João Concha).
Vale mesmo a pena.
[Rita Pimenta]
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
APRESENTAÇÃO DE "TRETALETRA"
Muitos foram os amigos que, carinhosamente, quiseram partilhar este momento poético. Nas palavras do apresentador, João Manuel Ribeiro, ”uma leitura da pequena (já grande) obra da autora, permite-nos inferir algumas notas gerais que consideramos distintivas: o gosto pela leitura e pela promoção da mesma; a paixão pelo contar e recontar de histórias; a necessidade da relação criadora e criativa com a língua. Dito isto, diremos que em Maria Helena Pires mora o bichinho da poesia, esse vírus em que “a emoção encontra o seu pensamento e o pensamento encontra as palavras (Robert Frost) e contamina poeta e leitor com “o melhor uso das palavras para dizer mais do que as palavras podem dizer (Marvin Bell), no exercício consciente de “criação rítmica da beleza em palavras (Edgar Allan Poe)”.
Consciente ou não, a escrita e a poesia de MHP reflectem preocupações literárias e pedagógicas, possibilitando a aprendizagem das estruturas narrativas e poéticas e a socialização cultural, seja pela estrutura claramente lúdica de muitos textos, seja pelo tratamento reiterado da leitura como actividade existencial fundamental. Do ponto de vista formal, o refrão e a rima ocupam um lugar central, dando aos textos um ritmo vivo e cadenciado, tão ao gosto do ouvido dos mais pequenos. Anote-se, entretanto que da rima, nesta obra, pode-se aplicar o que escreve Teresa Guedes a propósito da magia da rima, ou seja, neste livro, a rima faz tilintar “mas há versos brancos, / que de tão claros, nos deixam livres / para exprimir as ideias sem as cintar”.
Os recursos estilísticos mais evidentes neste livro, para além da personificação de objectos, caracteres e conceitos são a anáfora e a reduplicação.
Como refere Gabriela Sotto Mayor, os poemas deste livro “tiram partido da plasticidade que caracteriza a linguagem explorando as suas dimensões sonora e lúdica. Apresentam combinações semânticas e lexicais, fónicas, rítmicas e melódicas, sendo algumas de clara inspiração em cantigas tradicionais, característica que poderá contribuir para cativar os leitores menos experientes e até estimulá-los à leitura e à iniciação à escrita, sendo que a linguagem visual da autoria de Elisabete Ferreira responde à dimensão sonora e rítmica presente nos poemas, desenhando alguns objectos e caracteres sugeridos neste, assim como insinua outras leituras”.
Uma palavra conclusiva, num duplo sentido: primeiro, o reconhecimento público e oficial que os livros de MHP granjearam por parte da Casa da Leitura e que reiteram e garantem a qualidade dos mesmos; segundo, para chamar a atenção para a prateleira em que a Casa da Leitura colocou este livro: leitores iniciais. Ou seja, segundo os especialistas, os mais pequenos do Jardim de Infância e do 1.º Ciclo são os destinatários alvo destes poemas. Para nós, isto significa (felizmente) que nos temos de deixar de tretas e tornarmo-nos crianças no sentido são do termo”.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
A CASA DA LEITURA RECOMENDA "RAFA E A LIBERDADE"
“Segundo volume das aventuras de Rafa, este romance acompanha o herói numa viagem que realiza sozinho, como forma de afirmar a sua independência e de mostrar a sua desilusão face à decisão do pai de adiar uma viagem a Roma que lhe tinha prometido. Depois de cruzar praticamente a Espanha, de Barcelona até Vigo, Rafa vai cruzar-se com um camionista português que o transporta até ao Porto. É aí que descobre novos amigos e uma independência que não conhecia, ao mesmo tempo que ganha confiança em si próprio e nas suas capacidades, antes do regresso a casa para junto da família. Com um discurso ágil e um ritmo vivo, que acompanha com pormenor todas as acções da personagem, a narrativa inscreve-se nos moldes de comportamento juvenis contemporâneos, facilitando a identificação por parte dos leitores. Em termos narrativos, este romance caracteriza-se por ser mais linear do que o anterior, não revelando particular exigência ao nível de leitura”. Ana Margarida Ramos
"VERSO A VERSO" NO JORNAL DE NOTÍCIAS
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
CASA DA LEITURA RECOMENDA "TRETALETRA"
Maria Helena Pires apresenta-nos uma colectânea de poesia, de temática diversificada, onde através das palavras se brinca, se joga, se conta um conto e se «dá volta[s] à imaginação» através de uma leitura ritmada, apoiada essencialmente no refrão e na rima.
Com forte recurso à anáfora, à reduplicação e à personificação de objectos, caracteres e conceitos, a escritora encerra pequenas estórias em cada poema, cuja estrutura narrativa, por vezes, se assemelha a pequenos contos versificados.
Os poemas tiram partido da plasticidade que caracteriza a linguagem explorando as suas dimensões sonora e lúdica. Apresentam combinações semânticas e lexicais, fónicas, rítmicas e melódicas, sendo algumas de clara inspiração em cantigas tradicionais, característica que poderá contribuir para cativar os leitores menos experientes e até estimulá-los à leitura e à iniciação à escrita.
Adoptando uma forma de representação orgânica, a linguagem visual da autoria de Elisabete Ferreira responde à dimensão sonora e rítmica presente nos poemas, desenhando alguns objectos e caracteres sugeridos neste, assim como insinua outras leituras. Agora com um registo menos ruidoso do que em outras publicações, é de salientar a opção singular de caracterização das personagens por parte da ilustradora, ao conseguir uma conjugação particularmente feliz entre o preto e branco da grafite (para o corpo), com a cor (para os cabelos), imprimindo-lhes carga dramática e protagonismo. Podemos encontrar nas suas ilustrações alguma reminiscência da sua formação em design de moda. A fluidez e leveza dada aos cabelos das personagens, pelo recurso à linha como o elemento visual compositivo de eleição, são disso um excelente exemplo, potenciando a comparação dos cabelos com tecidos que esvoaçam. A alteração cromática da grafia é um apontamento digno de nota relativamente à participação da designer nesta publicação, e que em muito contribuiu para o interesse estético da edição. [Gabriela Sotto Mayor]
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
RAFA E A LIBERDADE EM "OS MEUS LIVROS", DE NOVO
“É superfixe estarmos juntos e acho que a Pilar é a miúda com quem me entendo melhor…” É nestes termos e num bom clima que Rafa caracteriza a sua relação com Pilar, com quem passa três dias a passear por Barcelona. Mas os pais rompem a promessa de o levar a Roma, no dia dos seus anos, e é então que ele arranja uma viagem alternativa. Ou melhor, uma viagem ao desconhecido, para a qual leva apenas uma mochila com pouca tralha: uma “t-shirt” vestida, outra para mudar, o MP3, uma toalha e umas meias.
Sem guia, mapas ou bússola, lê este livro e viaja com o Rafa de comboio para a Galiza…"
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
sábado, 29 de agosto de 2009
TRETALETRA - NOVO TÍTULO DA COLECÇÃO RIMAS TRAQUINAS
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
DE NOVO NA FEIRA DO LIVRO DA PÓVOA DE VARZIM
Alexandra Pinheiro partilhou com o público a história do seu livro, inteiramente dedicada aos mais novos, transportando-os para o mundo da fantasia que está espelhado nos desenhos realizados por Sandra Nascimento que disse que “dada a riqueza dos detalhes do texto não foi difícil ilustrá-lo”, reflectindo-se entre texto e imagem a cumplicidade que existe entre a autora e a ilustradora.
Cinema Garrett, Meu Fito, Meu Feito, ambos de Vergílio Alberto Vieira e O Pastor de Ventos, de António Cabrita foram outros dos títulos trazidos pela editora dedicada exclusivamente à literatura infantil.