![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjlfKB6Sptb_IeFMrwsteiRuo-c52rSaXn_QZBXhW6RniZDldfIx_2QgseKhMEXKXGHTU9KY-PK44Dn0NI1U1-ZOnumi4BHP24YicsuK4aduwEIBG2SIfGAPvrrY-J3ZAKxC-hug7uAxA/s200/Capa_A_Casa_Grande%5B1%5D.jpg)
Em A Casa Grande, João Manuel Ribeiro apresenta-nos um Manifesto de Cidadania. Aborda temas plurissignificativos como as diferentes línguas, latitudes, culturas, cores e crenças religiosas. O escritor apela aos pequenos leitores e «(ainda) […] meninos de verdade» à prática e partilha de sentimentos como o amor, a verdade e o perdão. Convida-os a participar neste desafio que é o combate pela conquista de uma linguagem universal, nova e comum a todos aqueles que respeitam a diferença. A Casa Grande é um álbum metafórico onde se pode aprender a ser um maiúsculo cidadão que sonha sem medo de envelhecer e vive com intensidade. As ilustrações de Ricardo Rodrigues, de uma forma particularmente feliz, recriam os momentos-chave do texto, assim como contemplam aspectos que a componente verbal não inclui, enriquecendo-a. Para o conseguir, o ilustrador socorre-se de uma linguagem plástica com recurso constante às cores fortes e contrastantes, à colagem (ainda que subtil) para a simulação de padrões de vestuário, em associação com os diferentes pontos de vista que se podem ler em cada página assim como na sua leitura sequencial. O resultado é um livro de fruição fluida, rico de informação cromática e formal diversificada, ao mesmo tempo organizado de modo expressivo, variado e equilibrado, aspecto para o qual o design e as opções gráficas da publicação em muito contribuíram. Gabriela Sotto Mayor